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segunda-feira, 8 de março de 2010

FATALIDADE NO FUTSAL PARANAENSE

08/03/2010 - 15h07

Jogador morto em quadra iria atuar no futsal japonês em julho deste ano

Herculano Barreto Filho
Em São Paulo
  • Robson, de 23 anos, morreu neste domingo depois de sofrer um grave ferimento numa partida de futsal

    Robson, de 23 anos, morreu neste domingo depois de sofrer um grave ferimento numa partida de futsal

O atleta Robson Rocha Costa, de 23 anos, que morreu neste domingo depois de sofrer um grave ferimento numa partida de futsal no interior do Paraná, iria assinar contrato por cinco temporadas com um clube japonês em julho deste ano. Em seguida, levaria a noiva para morar com ele em Tóquio, cidade do clube. Depois de cinco anos, iria casar e comprar um apartamento em Guarapuava.

Robson, que atuava pelo Clube Atlético Deportivo, se feriu ao dar um carrinho numa disputa de bola contra o Palmeiras Jundiaí, em partida válida pelo torneio Guarapuava 200 Anos, disputada neste sábado, no ginásio Joaquim Prestes. Um pedaço do piso de madeira se soltou da quadra e perfurou a perna do jogador, atingindo o intestino.

Ele foi levado ao Hospital São Vicente, mas não resistiu ao ferimento e morreu no dia seguinte, com hemorragia interna. O jogador foi enterrado nesta segunda-feira pela manhã em Foz do Iguaçu, onde nasceu. O corpo dele foi sepultado no Cemitério Parque Iguaçu, diante da presença de amigos e familiares.

DIFÍCIL ACHAR CULPADOS

Divulgação
A Polícia Civil de Guarapuava, cidade do interior do Paraná, promete investigar quais foram as circunstâncias que levaram o jogador à morte durante jogo realizado no último sábado, no Ginásio Joaquim Prestes.

Robson, que conquistou o título brasileiro sub-17 com a seleção paranaense em 2004, já atuou do outro lado do mundo. Ele passou nove meses no futsal do Japão e retornou em abril do ano passado. Além da bagagem, também trouxe dois jogadores japoneses para um estágio de três meses em Guarapuava.

Em estado de choque por causa da perda do filho, a educadora Santa Marli Costa, de 51 anos, ainda lembrava da última conversa com o filho, pelo telefone, antes do começo do jogo. "Eu sempre falava com ele antes dos jogos, para abençoá-lo. Era um hábito que a gente tinha", disse, pouco depois do enterro do filho. "Liguei pra desejar boa sorte e disse: 'Te amo, filho'. Aí, ele disse: 'Também amo muito você, mãe'. Depois, disse que precisava desligar porque o jogo iria começar. É uma das lembranças que eu vou guardar dele".

Lembranças da paixão pelo futebol

A última vez que Robson falou com os pais pessoalmente foi no fim de fevereiro. Ele visitou a família em Foz do Iguaçu junto com a noiva, porque o seu pai estava de aniversário. Na ocasião, ele estava feliz porque iria voltar a frequentar o curso de Educação Física. "Ele me disse, todo orgulhoso, que eu iria ter um filho formado", relembrou Santa Marli.

Robson também gostava de pescar num açude em São Miguel do Iguaçu, cidade onde conheceu a noiva. Dizia que a pescaria o acalmava. Mas as lembranças da mãe estão todas ligadas à paixão do filho por futebol, que influenciou o irmão mais novo, de 12 anos, que é goleiro de um time de futsal em Foz do Iguaçu.

Ela não esquece dos tempos em que ele começou a jogar futsal no Flamenguinho, de Foz do Iguaçu, com apenas 4 anos. E lembra, como se fosse hoje, da primeira vez que o filho viajou com o clube para um torneio em outra cidade. Ela ainda se recorda daquele menino de 9 anos, que se esforçava para arrastar a mala pelo chão. Mas abriu o sorriso quando viu a mãe, que o esperava de braços abertos. Orgulhoso, Robson ergueu a medalha para exibir a sua primeira conquista.

Talvez a alegria para mostrar as medalhas servisse para justificar as vezes em que pedia para a mãe assinar a liberação da escola. Era o único jeito de não perder os treinos no clube. "Ele nunca faltou um treino. Era o amor que ele tinha pelo futebol", explicou a mãe.

Aliás, a paixão pelo futebol contagiou Santa Marli, que montou um quadro com as 65 medalhas conquistadas pelo filho. Quando sabia que ele iria visitá-la, ela pendurava o quadro no seu quarto. No momento em que Robson se despedia e deixava a casa dos pais, o quadro voltava para o seu lugar, na sala da casa da família, onde as medalhas reluziam para que todos olhassem as conquistas do filho.

Hoje, a mãe do jogador tem apenas uma certeza: o quadro com as medalhas de Robson não deve mais sair do lugar.

Fonte: uol Esporte

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